Lucas

Na encruzilhada da dúvida

Lucas 1.18-38

Introdução

1. Na nossa luta espiritual (Ef 6.11-12), um dos mais poderosos e eficazes dardos de Satanás é a dúvida que ele lança em nossa mente.

2. A dúvida, propriamente dita, não é pecado, mas a forma como reagimos a ela pode tornar-se pecado.

3. No texto em tela, vemos dois personagens em situações semelhantes, mas com reações diferentes diante da dúvida.

A incredulidade de Zacarias (1.18-25)

1. Zacarias era um sacerdote (1.5), temente a Deus e a Sua Lei (1.6). Apesar da tristeza de não ter um filho, ele e sua esposa Isabel, oravam e aguardavam de Deus um milagre (1.11-17).

2. Ao encontrar-se com o anjo Gabriel e receber a promessa de um filho, Zacarias disse: “Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias” (1.18). Essas palavras pareciam algo inocente, mas a resposta do anjo deixa claro que em seu coração, Zacarias não creu no que ouvira (1.19-20).

3. Ao ser assaltado pela dúvida, Zacarias preferiu trilhar o caminho da incredulidade, o que trouxe consequências para a sua vida (1.21-23). Assim como ele, podemos reagir à dúvida através da incredulidade.

4. A dúvida que se torna em incredulidade nos leva a uma vida pecaminosa ao subestimarmos e vivermos independentemente de Deus. A dúvida só se torna pecado quando a colocamos em prática e permitimos que ela nos controle.

5. Diante da nossa incredulidade, Deus ainda cumpre os Seus propósitos, mesmo que em muitas situações não participamos disto com alegria plena (1.24-25). Outras vezes, podemos até impedir a realização da vontade de Deus.

A fé de Maria (1.26-38)

1. Maria era uma judia piedosa, virgem, noiva de José, temente a Deus e à Sua Lei (1.26-30).

2. Ao encontrar-se com o anjo Gabriel, Maria recebeu a promessa de que daria a luz ao Filho de Deus (1.31-33). Ela então respondeu a isso: “Como será isto, pois não tenho relação com homem algum?” (1.34).

3. As palavras de Maria são semelhantes às de Zacarias (1.18). Mas, pela resposta do anjo Gabriel, entendemos que ela reagiu à dúvida com fé na promessa de Deus.

4. A dúvida que se torna em fé nos leva a uma vida de submissão e dependência de Deus. Paulo escrevendo aos Romanos disse que Abraão “não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus” (Rm 4.20). Assim, para os que vivem pela fé, as dúvidas são grandes oportunidades para aumentar a compreensão do Senhor, da Sua Palavra e caminhos.

Conclusão

1. O escudo do cristão é a fé, pelo qual se defende de todo dardo do inimigo, inclusive da dúvida (Ef 6.16).

2. A intenção do Inimigo é que através do seu dardo inflamado (neste caso a dúvida) abandonemos nosso escudo da fé e assim sejamos presas fáceis para o seu ataque.

3. Quando assaltados pela dúvida, que possamos escolher o caminho da fé e não da incredulidade.

4. Precisamos confiar nas promessas de Deus assim como Maria fez. Ela confiou nas palavras do anjo que diziam: “Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas” (1.37).

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